segunda-feira, 8 de agosto de 2011

66ª. Aula – Os DONS ESPIRITUAIS


Perguntas sobre a 65ª AULA: (Responder ANTES de passarmos para a 66ª. aula).



1- O que é a Plenitude do Espírito Santo?

2- O que significa a palavra grega Khárisma e o que visa?

3- Para o que aponta a Plenitude do Espírito Santo?

4- Ao que podemos comparar a pessoa que tem a Plenitude do E.S. mas a usa apenas em benefício próprio?

5- O que é preciso para chegarmos à Plenitude do Espírito Santo?

6- Cite os Passos de Fé que nos levam à Plenitude do Espírito Santo.

7- Quais são as barreiras que nos impedem de alcançar a Plenitude do Espírito Santo?



66ª. Aula – Os DONS ESPIRITUAIS




Os Dons são poderes espetaculares distribuídos pelo Espírito Santo aos cristãos, para serem úteis na Igreja (I Co 12:7).

É uma capacitação especial concedida por Deus, de forma sobrenatural, para que cada cristão possa instruir e trazer novas almas para o Reino e viabilizar seu ministério, visando a edificação e o fortalecimento do Corpo de Cristo (I Co 12:8-10). Como é o Espírito Santo que distribui os dons segundo a Sua soberana vontade e onisciência (I Co 12:11), nenhum cristão por Ele agraciado deve se sentir melhor ou mais importante que outro, nem tampouco se vangloriar, ou sentir-se inferior por não possuir o mesmo dom, ter inveja ou rivalidades porque todos neste Corpo são importantes (I Co 12:14-25).



Diferença entre Talento e Dom

Talento: é uma aptidão natural; habilidade; capacidade humana natural. Exemplos: o talento de desenhar, cantar, tocar um instrumento; O talento é usado na obra com unção: Ex. Louvor

Dom: do gr Khárisma – significa habitação do favor e da graça de Deus. São manifestações sobrenaturais do Espírito Santo e não talentos naturais. São dádivas da graça de Deus distribuídas conforme a vontade do Espírito (I Co 12:11)



Classificação dos Dons Espirituais. Paulo enumera nove dons, que podem ser divididos em 3 categorias:

3 Dons de Revelação - aqueles que concedem poder para saber sobrenaturalmente

3 Dons de Poder - aqueles que concedem poder para agir sobrenaturalmente.

3 Dons de Inspiração- aqueles que concedem poder para falar sobrenaturalmente.



3 DONS DE REVELAÇÃO
3 DONS DE PODER
3 DONS DE INSPIRAÇÃO
1-Palavra de Sabedoria
1- Fé
1- Variedade de línguas
2- Palavra da Ciência (Conhecimento)
2- Dons de curar
2- Interpretação de línguas
3- Discernimento de espíritos
3- Operar maravilhas
3- Profecia



DONS DE REVELAÇÃO:

Palavra da Sabedoria (I Co 12:8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 4:13, 6:10) e, ainda que simples, ultrapassa a sabedoria humana.

Palavra da Ciência ou Conhecimento (I Co 12:8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5:1-10; I Co 14:22-25).

Discernimento de espíritos (I Co 12:10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom de discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não, bem como visualizar se é o Espírito Santo ou se é um ordinário se passando por Ele. No fim dos tempos, quando os falsos mestres e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito, esse dom espiritual será extremamente importante para a Igreja.

A operação do dom de discernimento pode ser examinada por 2 outras provas: doutrinária (I Jo 4:1-6); prática (Mt 7:15-23).

A operação desse dom é ilustrada nas seguintes passagens: (Jo 1:47-50; 3:1-3; At 5:3; 8:18-23; 16:16-18).



DONS DE PODER:

(I Co 12:9). Não se trata da fé para salvação, nem da confiança em Deus, sem a qual é impossível agradar-Lhe, mas de uma fé sobrenatural, concedida pelo Espírito Santo, que capacita o cristão a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. Freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres. Exemplos da operação deste dom: I Rs 18:33-39;  At 3:1-9; 13:9-12.

Dons de curar (I Co 12:9). Esses dons são concedidos à Igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4:23-25; 10.1; At 3:6-8; 4:29-31). O plural “dons” indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curar não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (I Co 12:11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos, pela fé no Nome de Jesus (Mc 16:18). Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura com unção em Nome do Senhor, conforme Mc 6:13 e Tg 5:14-16.

Operação de Maravilhas (I Co 12:10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o Reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos. São “obras de poder”.

Os milagres em Éfeso são uma ilustração da operação deste dom (At 19:11-12; 5:12-15). Note, porém, que eram lenços e aventais de uso pessoal de Paulo e não a mistificação de “lenços milagrosos”.



DONS DE INSPIRAÇÃO:

Variedade de Línguas (I Co 12:10). O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, dá ao cristão a comunicação direta, seja com Deus (na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (I Co 14:2, 14, 15, 28), como também a povos estrangeiros (At 2:5-11). Línguas estranhas faladas na Igreja devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (I Co 14:3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a Igreja (I Co 14:6). Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “fora de controle”, porque o espírito do profeta é sujeito ao profeta (I Co 14:31-32).

O Sinal das línguas estranhas (At 2:4). O falar em outras línguas é um sinal da parte de Deus aos homens para evidenciar o batismo com Espírito Santo. As línguas estranhas são uma manifestação sobrenatural concedida pelo Espírito Santo (At 2:6-11). A língua estranha é uma fala dirigida a Deus (I Co 14:2). Embora aquele que fala não entenda o que está falando, o seu espírito está falando de mistérios com Deus, isto é, a língua estranha torna-se um modo de comunicação com Deus. Orando em línguas, o cristão expressa a Deus palavras que o Espírito concede que ele fale. “O Espírito ajuda nas nossas fraquezas porque não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito; e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.” (Rm 8:26-27). O que fala em línguas estranhas edifica a si mesmo (I Co 14:4).



Diferença entre o sinal e o dom de línguas estranhas:

►Sinal de línguas estranhas – é a evidência mais aceita de que a pessoa recebeu o batismo com Espírito Santo (At 2:4)

►O dom de línguas – é concedido pelo Espírito Santo conforme sua vontade, soberania e propósito (I Co 12:7-10).

Finalidade das línguas estranhas:

Como sinal – as línguas estranhas como sinal podem ser usadas de modo ilimitado quando o cristão estiver dirigindo-se a Deus. É para edificação pessoal.

Como dom - o dom da variedade de línguas é direcionado à Igreja e aos estrangeiros. Na Igreja convém ser acompanhado de interpretação, quer seja dada pela própria pessoa que entregou a mensagem em línguas estranhas, quer por outra pessoa, para que a Igreja receba edificação.  O uso do dom de variedade de línguas precisa ser organizado (I Co 14:13,27,28,40), porém sem limitar a liberdade do Espírito Santo (II Co 3:17, I Co 14:39, At 28:31).



Interpretação de Línguas (I Co 12:10)

Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a Igreja reunida pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo.

A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (I Co 14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (I Co 14:13).

As línguas, em conjunto com a interpretação, têm o mesmo valor de profecia (I Co 14:5).

Profecia (I Co 12:10)

A profecia é a expressão vocal inspirada pelo Espírito de Deus. A profecia bíblica pode ser mediante revelação, na qual o profeta proclama uma mensagem previamente recebida por meio de um sonho, uma visão, ou pela palavra do Senhor. Muitas vezes, o Pregador prega uma mensagem e, dentro dela, o Espírito Santo envia um detalhe dirigido a um membro ou visitante, que até o pregador desconhece que está profetizando. A profecia pode ser entremeada por línguas estranhas, havendo no meio a tradução. Todos os ouvintes têm o direito de julgar se a profecia é de Deus ou não, para que não ocorram situações em que a “carne do profeta” esteja falando por vontade própria ou vaidade (I Co 14:29). O propósito do dom de profecia no NT é declarado em I Co 14:3. A profecia edifica, exorta e consola os membros do Corpo de Cristo.

Na próxima aula estudaremos: DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA

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