segunda-feira, 8 de agosto de 2011

50ª Aula – ECLESIOLOGIA – Parte 1




Neste segundo semestre do Segundo Ano, dedique-se às aulas com afinco. Além desta aula presencial, estude em casa. Pesquise na Palavra de Deus cada versículo que é mencionado, porque nisto vem a compreensão ampliada do ensino. Ore sempre a Deus pedindo-Lhe que abra o seu entendimento para compreender as Escrituras.

Vamos estudar juntos! Sempre crescendo no conhecimento do SENHOR!

Pr JP e todos os Professores do nosso Curso de Teologia.

50ª Aula – ECLESIOLOGIA – Parte 1


A palavra Igreja provém do grego Ekklesia. O Estudo da Igreja, portanto, é chamado teologicamente de Eclesiologia.

O significado do conceito de Igreja. O que é a Igreja?

A Igreja tem sua origem na presciência de Deus e cumpre a relevante responsabilidade de ser o instrumento da revelação de Seus mistérios ao mundo, bem como o Seu instrumento de ação na Terra. A Igreja é um projeto de Deus (Ef 3.1-12), implantado na Terra pelo próprio SENHOR: “edificarei a minha igreja” Mt 16:18.

Nenhuma outra organização religiosa na Terra recebeu do próprio Deus o privilégio de ter sido fundada por Ele mesmo, que reclama para Si o Seu direito de Propriedade sobre ela: Minha Igreja! (At 20:28, Hb 9:12)


ASSIM, A IGREJA É:

► Um Projeto oculto no mistério de Deus porque foi estabelecido desde a eternidade (Mt 25:34, I Pe 1:20).

► Um Projeto revelado aos homens – iniciado no Tabernáculo, pré-revelação de Cristo e dos Seus membros, conforme já vimos em aulas anteriores.

► Um Projeto que começou a ser implantado com o anúncio do nascimento de João Batista (Lc 1:17, 1:76-77) e do nosso Senhor Jesus Cristo (Lc 1:31-35).

► Um Projeto bem-sucedido com o nascimento de Jesus (Lc 2:10-14). A humanização do Verbo através do nascimento virginal constituiu-se no início da implantação revelada deste mistério de Deus ao mundo, a fim de reunir um Povo Santo, salvo pelo Senhor, a Igreja (Lc 2:27-32).

► Um Projeto concretizado e consumado com a Morte e Ressurreição do Cordeiro de Deus (Jo 19:30, Ap 5:9-10)

► Um Projeto que traz riquezas incompreensíveis – a mensagem do Evangelho da graça de Deus é total porque o seu alcance cobre desde o principio da criação até a consumação final do propósito Divino (Lc 11:51).

► Um projeto que manifesta a multiforme sabedoria de Deus – A Igreja precisa corresponder à expectativa Divina e proclamar, com igual criatividade, a multiforme sabedoria de Deus, para todos povos (Jo 10:16, Mt 28:19, Mc 16:15, At 1:8).

Igreja VISÍVEL e Igreja INVISÍVEL:

Dá-se o nome de IGREJA VISÍVEL ao grupo de pessoas chamadas MEMBROS (I Co 12:12-27), unidas na mesma fé em Cristo Jesus, devidamente batizadas nas Águas e compromissadas e fiéis à Obra do Senhor, separadas do mundo (santos: At 9:32, Rm 15:25) pelo recebimento de Jesus Cristo como Único, Suficiente, Exclusivo e Eterno Senhor e Salvador (Jo 1:12).  Estas se reúnem regularmente em determinado lugar (Ef 1:1, Cl 1:2), sob a coordenação e direção de um Pastor (Tt 2:7, I Tm 1:11). É a Igreja que, por força das exigências da Lei e dos Países em que atua, é institucionalizada e organizada por ESTATUTOS, de maneira formal e legal, devidamente registrada e reconhecida como Pessoa Jurídica. Na Comunidade Cristã Paz e Vida, por exemplo, todo grupo de CINQUENTA pessoas, nestas condições, por norma estatutária, tem de se constituir em pessoa jurídica.

Dá-se o nome de IGREJA INVISÍVEL àquela Igreja formada por salvos de todo o mundo, INDEPENDENTE DE DENOMINAÇÃO E QUANTIDADE DE PESSOAS (Mt 18:20), imaculada, sem defeito e sem mancha. É a Noiva de Cristo! A Igreja que será arrebatada no Retorno do Senhor e entrará com Ele nas núpcias (Mt 25:1-10, 25:31-32, Lc 17:34-37).

Seja com relação à Igreja Visível ou à Igreja Invisível, ninguém pode viver fora da Igreja, pois é nela que recebemos o alimento espiritual (Mt 4:4), vivenciamos a nossa fé através da oração e testemunhos (At 12:12-17) e recebemos o Poder de Deus (At 2:1-11). Cada Cristão devidamente ligado à ela é MEMBRO da Igreja (Rm 12:5), e deve ter comunhão com o Corpo Visível de Cristo aqui na Terra (At 2:42, I Co 10:16, I Jo 1:3-7).  A Igreja é o corpo de Cristo e Cristo é a Cabeça deste Corpo (Ef 4:15, Cl 1:18, Ef 5:23).     
                                                                              ESTUDE EM CASA TAMBÉM!  Continua na próxima aula.     JP                 

51ª Aula - ECLESIOLOGIA – Parte 2



Perguntas sobre a 50ª AULA: (O Aluno deve pegar uma folha de caderno, escrever seu nome no cabeçalho e onde faz a aula. O Professor NÃO passará para a 51ª sem receber estas respostas antes. Tempo: 20 minutos).

1- O que é Eclesiologia?

2- De onde vem a palavra Igreja?

3- Qual versículo contém a declaração que prova que a Igreja é a única organização na Terra fundada pelo próprio Deus? Transcreva-o.

4- O que é a Igreja Visível?

5- O que é a Igreja Invisível?

6- Cite as três razões pelas quais todo Cristão tem de estar tanto na Igreja Visível como na Igreja Invisível:

51ª Aula  - ECLESIOLOGIA – Parte 2

O termo “Igreja” foi mencionado pelo Senhor Jesus em duas ocasiões. A primeira vez foi em Mt 16:18:

“Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”.
Esclarecimentos sobre: “Tu és Pedro” (No original está a palavra grega “Petros”, designativa de pedras pequenas).

Esclarecimentos “sobre esta Pedra” (Também no original a palavra é “Petra”, designativa de Rocha grande e firme).

Logo, Jesus edificaria a Sua Igreja utilizando pedras pequenas assentadas sobre a Rocha. Jesus é a “Petra” sobre a qual Sua Igreja está edificada (Dn 2:34, Ef 2:20, At 4:11, Rm 9:33; I Co 10:4).

No Dicionário Teológico constante no Livro JESUS você vai encontrar uma boa explicação sobre a PEDRA:

PEDRA DE ESQUINA ou CABEÇA DO ÂNGULO: A pedra principal de um edifício, à qual toda a construção estava apoiada. Jesus, em Mateus 21:42, Marcos 12:10, Lucas 20:17, citou as Escrituras do Salmo 118:22-23 e mostrou ser Ele a “Pedra”. Ainda sobre a Pedra, há uma surpreendente profecia no Livro de Isaías: “Portanto assim diz o Senhor Deus: Eis que ponho em Sião como alicerce uma pedra, uma pedra provada, pedra preciosa de esquina, de firme fundamento” (Is 28:16). Sião é um dos montes sobre o qual Jerusalém foi construída. De tanto ser usada, Sião acabou sendo sinônimo de Jerusalém. Também já estava profetizado e mostrado que esta Pedra é o próprio Senhor e que seria motivo de tropeço para Israel e Judá: “Ao Senhor dos Exércitos, a Ele santificai. E seja Ele o vosso temor e seja Ele o vosso assombro. Então Ele vos será por Santuário. Mas servirá de pedra de tropeço e de rocha de escândalo, às duas casas de Israel; de armadilha e de laço aos moradores de Jerusalém. E muitos dentre eles tropeçarão e cairão, e serão quebrantados, enlaçados e presos” (Is 8:13-15). O apóstolo Pedro escreveu que Cristo é a verdadeira Pedra: “Chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa... Por isso, na Escritura se diz: Eis que ponho em Sião uma principal pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido. E assim para vós, os que credes, é a preciosidade; mas para os descrentes, a pedra que os edificadores rejeitaram, esta foi posta como a principal da esquina, e: Como uma pedra de tropeço e rocha de escândalo; porque tropeçam na Palavra, sendo desobedientes” (I Pe 2:4-8).

Se a Igreja é o Corpo de Cristo, logo uma de suas pedras (Petro = Pedro) não poderia ser o cabeça da Igreja. Jesus é a Cabeça deste Corpo: (Ef 1:22-23, Cl 1:18). Cristo é o fundamento, o alicerce, que mantém a Igreja firme e de pé, e é Quem dá o poder para a Igreja triunfar sobre o Inferno ao longo dos séculos. (At 2:22-36, I Co 3:9-11)

E a outra ocasião em que Jesus mencionou a palavra Igreja foi em Mateus 18:17, quando falava sobre a disciplina:

►”E, se não escutar, dize-o à Igreja; e, se também não escutar a Igreja, considera-o como um gentio e publicano”.

Entre Cristo e a Igreja existe plena comunhão (Mt 18:20).
 

ESTUDE ESTA AULA EM CASA. Leia cada versículo mencionado porque, além de aumentar a sua compreensão

sobre a matéria, você terá de responder perguntas sobre este estudo na semana que vem.                Pr JP   

52ª Aula - ECLESIOLOGIA – Parte 3



Perguntas sobre a 51ª AULA: (Cada aluno deve responder em uma folha de caderno, escrevendo o seu nome no cabeçalho e onde faz a aula, e entregar ao Professor ANTES de passar para a 52ª. aula).
1- Cite as duas ocasiões (com os versículos), em que Jesus usou a palavra Igreja:

2- Qual a diferença entre as palavras gregas: Petros e Petra.

3- O que quer dizer Pedra de Esquina ou Cabeça do Ângulo?

4- Transcreva os versículos da carta de Petros onde o apóstolo esclarece Quem é Petra.

52ª Aula  - ECLESIOLOGIA – Parte 3

A Igreja está num relacionamento de sujeição posicional com Cristo e Ele tem uma responsabilidade sublime em Seu trato com ela.
A TRINDADE DIVINA ESTÁ UNIDA NO PROJETO QUE É A IGREJA:

Ao Primeiro pertence o Projeto – Gn 3:15, Mt 25:34

Ao Segundo a Execução – Jo 17:4, Jo 19:30, Hb 5:9, Hb 9:26, Hb 12:2, Ap 5:9-10

Ao Terceiro o Acompanhamento – Jo 14:16-17, Jo 16:13-14

Por isso, a Igreja é escrituralmente identificada como:

►Igreja de Cristo: Rm 16:16,

►Igreja de Deus: I Co 1:2,  11:16, 11:22, 15:9, II Co 1:1, Gl 1:13, I Ts 2:14, II Ts 1:4, Tt 3:5,

Igreja dos Santos (I Co 14:33, )

►Casa de Deus e Igreja do Deus Vivo: I Tm 3:15, II Tm 1:7, Hb 10:21

►Casa de Oração: Mt 21:13, Mc 11:17, Lc 19:46

►Congregação (Hb 2:12, 10:25)

Universal Assembléia e Igreja dos Primogênitos: Hb 12:23

►Corpo de Cristo (Ef 1:22-23)


A IGREJA está muito bem constituída por causa da Supremacia do Seu Fundador 


Hb 1.2-8: ►Herdeiro de tudo ►Por quem Deus fez também o mundo ►O resplendor da sua glória (de Deus) ►A expressa imagem do Deus vivo. ►Sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder ►Fez por si mesmo a purificação dos nossos pecados ►Assentou-se à direita de Deus nas alturas

A REVELADORA PERCEPÃO DA IGREJA SOBRE O SEU FUNDADOR:

 “Tendo Jesus chegado às regiões de Cesaréia de Felipe”, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem?”  (Mt 16:13)

Quanto à percepção dos discípulos de Cristo - “e vós quem dizeis que eu sou”. Esta ênfase é proposital porque, atualmente em diversos casos a percepção quanto à posição da Igreja em Cristo é conduzida pelo que os outros pensam e dizem a respeito e não pelo que a Bíblia revela.

A percepção de Pedro – Pedro tomado pelo Espírito Santo torna-se o porta-voz do grupo e declara: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.

Uma declaração conclusiva – Se estabelece de forma precisa que o fundamento da Igreja está na confissão do apóstolo.

A Igreja seria edificada sobre aquela Pedra inamovível – Cristo, o Filho de Deus.

A IGREJA E SEUS SÍMBOLOS: Ef 5.24-27, I Co 12.12-14,27, Ap 1:20

A Igreja como Noiva (Jl 2:16, II Co 11:2 e Ap 22:17)

"Porque estou zeloso de vós com zelo de Deus; porque vos tenho preparado para vos apresentar como uma virgem pura a um marido, a saber, a Cristo." E, "A noiva diz vem"

A Igreja vista como uma noiva é uma das figuras mais delicadas de toda a Bíblia. Imaginar isso é entrar no coração de Deus, dAquele que tem uma festa preparada para comemorar "As Bodas do Cordeiro" com sua Noiva.

Como Noiva ela é o objeto de desejo do Noivo – que é Cristo; "Como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Deus." (Is 62:5, Mt 22:2,

Toda noiva que se preze há de manter um padrão de pureza e separação. A pureza não depende de bens materiais nem de cultura. Pureza tem a ver com o caráter. A pureza da Igreja se mede pela pureza de seus membros;

A Noiva deseja agradar o Noivo. “Eu sou do meu amado, e Ele me ama.” (Ct 7:10). Agradar implica em fazer o que Ele ordena; Cabe a Igreja pregar, fazer discípulos e batizá-los.

A Noiva se apronta para o dia do casamento. Da mesma forma que uma noiva procura se aprimorar nas artes culinárias, fazer seu enxoval, e manter a vigilância quanto ao dia que se aproxima, tal deve ser o papel da Igreja. "Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor". (Os 6:3). Não sejamos como as cinco virgens despreparadas, que tinham luz por causa do pavio e não por causa do azeite, pois sem o Espírito Santo nenhuma Igreja pode estar preparada para receber o Noivo Celestial (Mt 25:10). O Espírito Santo prepara a Igreja em fazê-la familiarizar-se com a Palavra de Deus. Ap 19:9

A Noiva aguarda ansiosa e confiante "o Dia das Bodas". Sabe que o noivo virá buscá-la e a desposará para sempre. Ela confia nas palavras do noivo que disse: "E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também." (Jo 14:3).

O Noivo ia à casa da Noiva para buscá-la: Que grande festa será no dia em que Cristo descer nas nuvens e buscar sua noiva! I Co 2:9, Hb 11:16, Ap 19:9

A Igreja como Casa (Tabernáculo, I Tm 3:15)

Paulo também chama a Igreja de “Casa do Deus Vivo”: (I Tm 3:15).

A Igreja é uma casa para os membros da família local. Há boas razões para Deus chamar a Igreja de "Minha Casa", pois Ele não só nos tem recebido como filhos, mas também Ele mesmo habita em nós (Jo 14:23). Sendo a Igreja um grupo de cristãos, há um ajuntamento, e esse ajuntamento é a Casa de Deus.

A Igreja primitiva tinha um lugar, um ponto de encontro: “quando vos ajuntais num lugar” – (I Co 11:20), disse Paulo a enorme Igreja de Corinto. (Por maior que ela fosse, era necessário um lugar para se reunirem).

Um homem sem casa é considerado "andante". Da mesma forma um cristão sem a Igreja seria como um andarilho pelas ruas. Se alguém perguntasse: "Onde você mora?", então ele não teria resposta.

Portanto como “casa” a Igreja é o ponto de encontro dos irmãos. É onde se reúnem para receber o ensino do Pai; É o lugar onde se reúnem em volta da Mesa, e tomam a Ceia do Senhor; É o lugar onde se resolvem os problemas da família. É o lugar onde um irmão certamente encontrará o outro. É o lugar onde recebem o conforto uns dos outros. E é ainda o lugar onde podem repousar de seus problemas e restaurarem suas forças.

A Igreja como “casa” deve apresentar um ambiente de ordem. Cada membro deve cumprir seu papel e seu dever. Cada um no seu lugar. Uma Igreja desorganizada representa muito mal o Evangelho de Cristo.

Nessa Casa deve haver respeito e harmonia entre seus membros. A falta de ordem ou respeito por ela e dentro dela deve consumir o coração dos crentes de tristeza, tal como aconteceu com Cristo: "O zelo da tua casa me devorou" (Sl 69:9).

Nessa Casa também deve haver disciplina e respeito entre os irmãos e à autoridade imposta. "A santidade convém à tua casa, SENHOR, para sempre." (Sl 93:5). Uma casa sem disciplina é uma vergonha no local onde ela se encontra. Os vizinhos veem, comentam e escarnecem. Da mesma forma a Igreja de Cristo, deve possuir uma disciplina firme, pois sem correção os seus membros tenderão a reviver os dias dos juízes: "Cada um fazia o que bem parecia aos seus próprios olhos". Deve ela manter o padrão bíblico de disciplina e não trazer para dentro dela os maus costumes do mundo, antes, rejeitá-los com veemência.

ESTUDE EM CASA TODOS OS VERSÍCULOS. Serão feitas perguntas na próxima aula. Bons estudos.        JP

53ª Aula - ECLESIOLOGIA – Parte 4


Perguntas sobre a 52ª AULA: (Cada aluno deve responder em uma folha de caderno, escrevendo o seu nome no cabeçalho e onde faz a aula, e entregar ao Professor ANTES de passar para a 52ª. aula).



1- Explique como a Trindade está envolvida com o Projeto que é a Igreja e que coube a cada Pessoa da Trindade:

2- Cite ao menos Quatro Nomes pelos quais a Igreja é chamada no Novo Testamento:

3- Sendo a Igreja a Noiva de Cristo, o que o Noivo espera encontrar nela? Cite quatro coisas.

4- A Igreja como “Casa” é:     (Cite ao menos três definições)



53ª Aula  - ECLESIOLOGIA – Parte 4





A IGREJA COMO CORPO: "Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também. Pois todos nós fomos batizados em um Espírito, formando um corpo". I Co 12:12-13, Vide Cl 1:24



Da mesma forma que só Deus poderia criar algo tão sublime como o ser humano, só Ele podia criar uma instituição sublime como a Igreja. Assim como o corpo humano criado por Deus é uma trindade (corpo, alma e espírito), assim também a Igreja completa tem de ter Corpo (formado por membros ligados uns nos outros), Alma (Vida) dada pelo sangue de Cristo, porque a Vida da carne está no sangue  (Lv 17:11) e Espírito (A Igreja só ficou completa no Dia de Pentecostes: At 2:1-4).



Uma igreja que tem só corpo é semelhante às plantas. O que se esperar dela, a não apenas que vegete?

Uma igreja que tem corpo e alma é semelhante aos animais. O que se esperar dela a não ser a falta de entendimento?

Mas a Igreja que tem Corpo, Alma e Espírito é a Igreja Completa de Cristo! Dela você pode esperar tudo! Jesus é origem e causa desse Corpo ser completo: 1- Ele que criou todas as coisas; 2- Ele que deu o Seu Sangue para a Igreja ter Vida; 3- Ele quem enviou à Ela o Seu Espírito Santo: Jo 16:7. Por isso disse: "Edificarei a minha Igreja..." (Mt 16:18).



A Cabeça desse Corpo é Cristo. Se eu for olho, dente, perna, ou qualquer outra parte deste Corpo é de pouca importância. Só não posso ser cabeça, porque "Cristo é a cabeça da Igreja, sendo Ele próprio o salvador do corpo." (Ef 5:23)



Um corpo só tem valor se estiver VIVO. Um corpo sem vida não é corpo, é cadáver. Por mais eloquente que fosse, por maior que tenham sido seus talentos, e por mais forte que tenham sido seus músculos, se o corpo está morto já não existe mais. Foi-lhe a Palavra, o talento e a força. Assim, por analogia, a Vida é tudo na Igreja, e essa Vida é dada por Jesus (Jo 10:15). Quando a vida se vai os vermes compreendem que chegou a sua hora. O Corpo precisa ser conservado ou morrerá. Daí os membros devem cuidar uns dos outros: quando uma parte adoece, a outra parte cuida dela para que sare.



O membro separado do Corpo não tem vida em si mesmo: primeiro cheira mal, depois apodrece e desaparece. O membro só tem Vida se estiver ligado no Corpo que é Cristo. Daí a necessidade do cristão ser membro da Igreja e não apenas visitante. Um cristão só se torna membro do Corpo de Cristo por duas vias:

1- Pelo Batismo (I Co 12:13)   2- Por oração de ligação, quando transferido de outra Igreja (Mt 18:18)



O Corpo também se caracteriza pela unidade de seus membros: "Assim, pois, há muitos membros, mas um só corpo."

Veja: um só Corpo. Todos os membros ligados no Corpo trabalham para o mesmo fim. Precisam ter os mesmos interesses. Trabalham para o mesmo Senhor. Isto ficou muito claro na oração do Senhor Jesus quando, por três vezes, Ele rogou pelos membros da Sua Igreja: Leia Jo 17:11,20,22,23. Paulo também rogou a Deus pelo mesmo motivo: “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer." I Co 1:10. A importância da unidade também pode ser notada pelas palavras de Paulo aos coríntios: II Co 13:11. Sim, o amor de Deus e sua bendita paz são frutos dessa união entre os irmãos da Igreja.



No Corpo todos os seus membros são úteis. "Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não será por isso do corpo?" (1Co 12:15)  Paulo afirma que todos os membros do corpo tem uma utilidade, "a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil... De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé. Se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino;Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria." (I Co 12:7 e Rm 12:6-8).

Por isso, a Igreja deve ser assim: uns visitam, outros evangelizam, outros varrem, outros oram; outros pregam, outros ensinam, outros aconselham, outros intercedem, e se há alguns que fazem as diversas funções, bendito seja Deus. Mas não queira ser todo o Corpo se é apenas um membro. Não ser útil é errado, mas querer ser todo o Corpo é mais errado ainda.



Há dois males que podem surgir entre os membros e prejudicar o funcionamento do Corpo:

1- A mania de grandeza, "O olho não pode dizer a mão: Não necessito de ti." (I Co 12:21), e

2-  O complexo de inferioridade "Se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não será por isso do corpo?" (I Co 12:16).

Contra esses dois males Paulo disse: "os membros mais fracos são necessários" (I Co 12:22). No Corpo todos os membros são honrados: "Os que reputamos menos honrosos no corpo a esses honramos muito mais". (ICo 12:23a)



A Grande missão do Corpo: "Crescer e multiplicar-se" (At 2:42-47). Nosso Senhor Jesus Cristo disse que "ninguém pode acrescentar um côvado a sua altura" (Mt 6:27). Da mesma forma é o crescimento da Igreja: que é dado por Deus (1Co 3:6). Ainda assim temos de plantar e regar, pois que temos a semente santa, a Palavra de Deus, e é necessário espalhá-la ao mundo perdido. O apóstolo Paulo disse: “Como crerão se não há quem pregue?” (Rm 10:14b, II Tm 4:2).



A IGREJA PEREGRINA (II Co 5.1-8; Fl 3.20-21) - A Vida da Igreja neste mundo é transitória, e um dia vai receber em definitivo a eterna herança. E é justamente esta transitoriedade que obriga o cristão a ter um compromisso consciente com o serviço da Igreja. Só uma vida cristã incontaminada e uma fé viva, podem confrontar o pecado, as injustiças e toda forma de opressão.



Reflitamos sobre o seguinte: ►Você acha que está muito preso aos aspectos materiais da vida terrena? ►O que tem mais valor para você? ►Onde estão os teus tesouros? ►Quanto tempo você tem dedicado para o trabalho do Senhor?



A peregrinação histórica da Igreja



O Tabernáculo – Sob esta ótica, a Igreja desde o princípio se caracteriza como peregrina, de passagem pela Terra, movendo-se pelo caminho da história, aguardando a bem-aventurada esperança: a chegada à Canaã celestial.

Seu papel no presente – (II Co 5.3) “se todavia, estando vestidos, não formos achados nus”, pode ser compreendido sob o seguinte ângulo: as vestimentas de salvação de que falou o profeta Isaías 61.10 representam, hoje, a garantia da conquista futura da imortalidade. É o mortal e transitório absorvido pela Vida Eterna.

Sua missão integral – Não se discute a prioridade das boas novas; redimir o homem dos seus pecados e integrá-lo na Igreja para uma vida devocional sadia, crescente e frutífera (Jo 15:4-8).



A IGREJA COMO COMUNIDADE LOCAL (AT 2.42-47)



É preciso mais do que nunca valorizar a comunhão. Mas para que isso aconteça, cada cristão deve estar em inteira submissão ao senhorio de Cristo. Quem desfruta do relacionamento com o Senhor, sente a necessidade de manter-se em relacionamento com seus irmãos em fortalecimento da vida da Igreja na sociedade.



Uma Comunidade que expressa a vivencia da fé: At 2:43

Comunitária – “Comunidade” é uma palavra de origem latina de cuja raiz se deriva o termo comunhão.

É o lado visível da Igreja que vivencia em sua forma comunitária a mesma herança apostólica e os mesmos ideais de vida

É o grupo que se reúne regularmente com o objetivo de adorar a Deus e tem em comum as mesmas expressões de fé.

É a expressão da Igreja local com sua forma bíblica de governar e organizar, inserida no contexto histórico e social.

Perseverante – a vivência comunitária da fé experimentada pela Igreja primitiva teve caráter perseverante. Todos sentiam-se comprometidos em estar juntos e partilhar das mesmas experiências espirituais.

Compromisso com a comunidade – este compromisso com a comunidade era de tal ordem que se dispusera a vender suas propriedades e colocar os recursos aos pés dos apóstolos para a pregação do Evangelho e assistência social.



Uma Comunidade importante no mundo

Compromisso – finalmente, o que mais chama atenção na comunidade dos cristãos primitivos é que eles caiam “na graça de todo o povo”.

Prática – o compromisso gerava a prática que fez a diferença entre a nova fé cristã e o judaísmo formal e legalista.

Resultado – o mais importante, contudo, é que a prática tornava a comunidade cristã de Jerusalém importante nos resultados.





    Na próxima aula veremos: A IGREJA E O DENOMINACIONALISMO (fale em voz alta e repita até conseguir)

54ª Aula - A IGREJA E O DENOMINACIONALISMO (ECLESIOLOGIA – Parte 5)


Perguntas sobre a 53ª AULA: (Cada aluno deve responder em uma folha de caderno, escrevendo o seu nome no cabeçalho e onde faz a aula, e entregar ao Professor ANTES de passar para a 52ª. aula).



1- Ao que pode ser comparada uma Igreja que só tem corpo?

2- Ao que pode ser comparada uma igreja que tem apenas corpo e alma?

3- O que deve ter uma Igreja Completa? Justifique.

4- Um membro na Igreja Completa pode ser tudo. Menos o quê?

5- Sendo a Igreja o Corpo de Cristo, quais as três coisas que acontecem com um membro que dele se separa?

6- Quais são as duas vias pelas quais um cristão pode se tornar membro da Igreja?

7- O que Jesus rogou ao Pai e que os apóstolos rogavam para a Igreja?

8- Quais os dois males que podem surgir entre os membros e prejudicar o funcionamento do Corpo?

9- Na Igreja Peregrina, a transitoriedade deste mundo obriga os membros ao quê?

10- O que é uma Comunidade Cristã e o que deve expressar?





54ª Aula  - A IGREJA E O DENOMINACIONALISMO (ECLESIOLOGIA – Parte 5)





Jesus fundou a Igreja. Ressuscitado, mandou que todos ficassem unidos e reunidos em Jerusalém, até que do Alto fossem revestidos de poder, o que aconteceu no Dia de Pentecostes (At 2). Ali, no Cenáculo, surgiu a primeira Comunidade Cristã e diante de tantas conversões (mais de três mil naquele dia: At 2:41), a Igreja não tinha como continuar se reunindo no Cenáculo por falta de espaço. Iam, então para o Templo em Jerusalém (At 3:1).



Mas a quantidade de conversões aumentava a cada dia e, como neste princípio a Igreja de Cristo não tinha templos, começou também a se reunir nas sinagogas, locais de culto dos judeus. Como havia uma flagrante oposição entre os ensinamentos de Cristo e os ensinamentos de Moisés, o que ficou claramente evidenciado no Sermão da Montanha (Cap. 5 de Mateus, só para citarmos um exemplo) veio, então, a perseguição religiosa (At 4:1-4), com diversas prisões e mortes de irmãos e a proibição destes usarem as sinagogas para suas palestras e orações.



Devido à perseguição e à grande multiplicação de convertidos, os primeiros irmãos passaram a se reunir nas casas dos membros, multiplicando as Comunidades Cristãs, que se espalharam por diversas cidades e países.

A perseguição invadia até estas casas (At 8:3).

As primeiras Comunidades Cristãs nas casas também eram chamadas de “Igrejas” (Rm 16:5, I Co 16:19, Cl 4:15, Fm 1:2).



Na cidade grega de Antioquia, os irmãos foram chamados pela primeira vez de “cristãos” (At 11:26). A princípio era um apelido quase que pejorativo, que depois passou a designar todos os que tinham a fé em Cristo.



As primeiras disputas e divergências: O livro de Atos dos Apóstolos narra a vida da Igreja de Cristo no primeiro século e demonstra que, já naquela época, havia divisões de pensamentos e doutrinas entre os Apóstolos e entre os irmãos. Alguns queriam manter na Igreja de Cristo as práticas do judaísmo, como a circuncisão (At 11:2, Rm 3:1), outros, a guarda dos costumes da Lei de Moisés (Fp 3:2, Gl 2:16, II Tm 1:10), outros que não queriam o Batismo nas Águas dos não-judeus (At 10:45, At 11:15-18), outros tomavam partido de certas lideranças (I Co 1:12, Gl 2:1-15), etc.



No Livro de Apocalipse, escrito também no primeiro século da Igreja Cristã, vemos o próprio Cristo Glorificado repreendendo grupos que pregavam divisão na Igreja e introduziam doutrinas estranhas, como a dos Nicolaítas (Ap 2:6,15), que ensinava, entre outras coisas, a supremacia de um clero sobre o povo e o paganismo misturado à fé cristã.



Mas, apesar destes conflitos e debates naquela época, a Igreja não se dividiu, nem para Paulo, nem para Apolo, nem para Pedro, nem para os nicolaítas. Manteve-se unicamente CRISTÃ nos primeiros séculos. Atualmente, para nos referirmos àquela Igreja, chamamo-la de Igreja Cristã PRIMITIVA.



Esta Igreja Cristã Primitiva, que já tinha muitos debates e divisões internas, manteve-se assim até o ano 312 da era atual, quando o imperador romano Flavio Constantino converteu-se e, no ano 325 convocou o Concílio de Nicéia, que deu origem à Igreja Católica Apostólica Romana, tentando unificar nela todos os cristãos. Constantino I se proclamava Sumo Pontífice, título que todo imperador romano usava, mas que, a partir dele, passou a ter uma pretensiosa conotação religiosa “cristã”, bem como Augustus, palavra latina que quer dizer venerável.



Há, porém, na Igreja Católica surgida ali uma flagrante contradição e um grande erro teológico: a palavra grega “Católica” significa “Universal” (veja em qualquer dicionário). Se Constantino I, usando do seu fantástico poder político-militar, pretendia fundar uma Igreja que fosse Universal, como ela poderia ser Romana? Ou é Romana ou é Universal. Além disso, Constantino fundiu com a fé cristã vários costumes do paganismo romano, o que deu origem à adoração e veneração de imagens e outras práticas não cristãs, já que ele continuou devoto do Deus Sol Invictus, cunhando sua imagem nas moedas romanas. Para se ter uma idéia da falta de fundamento da religião de Constantino, um dia antes da sua morte ele fez um sacrifício ao deus pagão Zeus. A própria Igreja Católica reconhece que Constantino praticava simultaneamente o cristianismo e o paganismo (Enciclopédia Católica).  Quando uma organização religiosa mantém doutrinas não evangélicas, isto é, fora do Evangelho, então ela é uma seita. Portanto, a Igreja Católica Apostólica Romana, longe de ser a primeira Igreja Cristã, é, na verdade, a mais antiga seita cristã do mundo.



Note algumas coisas importantes:

Cristo fundou a Igreja Cristã. Constantino fundou a Igreja Católica Apostólica Romana cerca de 300 anos depois.

Cristo é o Cabeça da Igreja Cristã e o Sumo Pastor (Ef 4:1-16, I Pe 5:4), Constantino foi o “cabeça” e “Pontifex Maximus” da Igreja Católica Apostólica Romana.

Cristo foi fiel até a morte e morte de cruz (Fp 2:8). Constantino foi infiel até a véspera da sua morte, adorando Zeus.

Cristo ressuscitou em carne em ossos e está vivo pelos séculos dos séculos. Constantino está morto e nem seus ossos  há.

Cristo fundou a Igreja que não sucumbe ao Inferno. A de Constantino não resistiu nem ao paganismo e falsos deuses.



Apesar desta Igreja Estatal surgida por meio de Constantino tentar reunir todos os cristãos do mundo debaixo do catolicismo romano e da autoridade de um “sumo pontífice” , a Igreja Cristã pura e verdadeira continuou existindo paralelamente, porque havia os que rejeitavam os ídolos e outras práticas não-cristãs da Igreja Católica, que estavam e ainda estão em total desacordo com as Escrituras Sagradas.



Vale ressaltar que antes de Constantino não havia Igreja Católica e nenhum Cristão era chamado de “católico”.

Vemos, portanto, que Constantino foi o criador da primeira Denominação, fazendo surgir, oficialmente, a primeira divisão do ramo cristão, ainda que, naquela época, já existia a Igreja do Oriente (também chamada de Ortodoxa ou Grega), mas não como denominação e, sim, como definição e localização.



A Igreja Copta: Este desvio de conduta e de visão da Igreja Católica Apostólica Romana foi-se perpetuando e fez surgir outras ramificações cristãs como, por exemplo, no Egito (Copta quer dizer Egípcio). No ano 451 da nossa era, após o Concílio de Calcedônia, a Igreja Cristã no Egito separou-se das demais Igrejas e, para se diferenciar da Igreja Católica Apostólica Romana e também da Igreja do Oriente, passou a se autodenominar de Igreja Ortodoxa Copta.



A Igreja Anglicana (ou Igreja da Inglaterra): No ano de 1534 da nossa era surgiu a Igreja Anglicana, fundada pelo rei inglês Henrique VIII, que se rebelou contra a autoridade do chefe da Igreja Católica Apostólica Romana, que proibia seu divórcio de Catarina de Aragão e novo casamento. Até hoje, o chefe da Igreja Anglicana é quem estiver sentado no trono inglês. Veja a semelhança com a Igreja Católica Apostólica Romana: A Igreja Anglicana também foi criada por um imperador. Nos EUA, Austrália e demais países é atualmente chamada de Igreja Episcopal.



A Igreja Protestante ou Reformada: No século XV, um padre e teólogo católico, inconformado com as práticas não-cristãs da sua Igreja, tentou reformar a Igreja Católica Apostólica Romana e dela foi expulso. Este padre chamava-se Martinho Lutero e fundou a Reforma por protesto, o que deu origem ao Protestantismo, que não reconhece a autoridade do Papa, mas somente a da Bíblia Sagrada. Surgiu, então, a Igreja Protestante, chamada também de Igreja Reformada.



Igreja Luterana, Presbiteriana, Metodista, Batista... Além de Lutero, o Protestantismo teve outros líderes que pensavam quase que da mesma maneira e, entre eles, podemos citar João Calvino e John Wesley. Estes novos líderes, por divergirem em alguns aspectos, foram reunindo novos grupos que se deram origem às Igrejas: Presbiteriana, Metodista (ou Wesleyana). Para diferenciar os membros da Igreja de Lutero destes novos protestantes, aquela passou a se autodenominar de Igreja Luterana. A Igreja Batista tem origem inglesa e é de dissidentes principalmente da Igreja Anglicana. Todos estes (e outras ramificações) são chamados de Protestantes Tradicionais.



Igrejas Tradicionais Renovadas: Destes surgiram os que queriam uma Igreja Pentecostal, com manifestações do Espírito Santo, e aí vieram as Igrejas: Presbiteriana Renovada, Batista Renovada, Metodista Renovada, etc.



NA PRÓXIMA AULA VEREMOS: DENOMINACIONALISMO: AS IGREJAS EVANGÉLICAS PENTECOSTAIS

55ª Aula - DENOMINACIONALISMO (ECLESIOLOGIA – Parte 6)


Perguntas sobre a 54ª AULA: (Se necessário, use mais de uma folha de caderno para responder e entregue ao professor com seu nome e classe ANTES de passarmos para a 55ª. aula).



1- Quais foram as primeiras disputas e divergências dentro da Igreja Cristã Primitiva?

2- Qual a doutrina repreendida pelo Cristo glorificado e o que ela pregava?

3- Em que ano surgiu a primeira denominação religiosa e qual é o seu nome?

4- No nome dessa denominação religiosa há uma grande contradição, bem como nas suas práticas religiosas. Explique.

5- Qual o título que o imperador romano Flavio Constantino usava para se dizer chefe desta denominação?

6- Se uma seita é aquela que exercita doutrinas estranhas ao Evangelho, qual é a seita religiosa mais antiga do mundo?

7- Cristo fundou a Igreja Cristã. Constantino criou a Igreja Católica (Universal). Cite algumas diferenças vitais.

8- Qual foi a segunda denominação de fundo cristão que surgiu, em que ano e por quê?

9- Como também é chamada a Igreja do Oriente?

10- Em que ano surgiu a Igreja Anglicana, quem a fundou, por que, e quais os seus outros nomes?

11- Quem é o chefe da Igreja Anglicana e no que, na sua fundação, ela se assemelha à Igreja Católica?

12- Qual o nome do padre que tentou reformar a Igreja Católica e dela foi expulso, e que Movimento surgiu ali?

13- Como surgiram as Igrejas Luteranas, Presbiteriana, Metodista, Batista?

14- Como são chamados os grupos das Igrejas acima?



55ª Aula  - DENOMINACIONALISMO (ECLESIOLOGIA – Parte 6)



A frieza e a espiritualidade superficial vistas nas Igrejas tradicionais, que não davam liberdade às manifestações do Espírito Santo nas vidas dos seus membros, conforme prometido por Jesus em Marcos 16:17, fez com que o próprio Espírito Santo de Deus, como Rio de Água Viva que jorra e corre (Jo 4:14 e 7:38-39), transbordasse de outra maneira, pois era impossível que a Sua Presença e operação fossem retidas ou limitadas por qualquer ação, humana ou não. Ainda que as Suas manifestações ocorressem em algumas Igrejas, quase sempre eram reprimidas e pouco permitidas para o tanto que o Espírito Santo desejava operar, à maneira do que havia ocorrido na Igreja Cristã Primitiva, no Dia de Pentecostes, em 27 d.C., quando houve uma explosão de poder e sinais em Israel e no mundo.

O SURGIMENTO DO MOVIMENTO PENTECOSTAL:  No dia 1º. de Janeiro de 1901, em uma reunião de oração no Colégio Bíblico Betel em Topeka, Kansas, EUA, muitos chegaram à conclusão de que falar em línguas era o sinal bíblico do Batismo no Espírito Santo. O fundador desta escola foi Charles Parham, que se mudaria para Houston, Texas. Apesar da segregação racial que vigorava na época e impedia os negros de frequentarem escolas de brancos, um aluno negro chamado William J. Seymour, já pregador do Evangelho, foi autorizado a assistir as aulas bíblicas de Charles Parham, crendo firmemente na base evangélica de Mc 16:17-18 e Atos 2. Dali, William Seymour viajou para Los Angeles, onde a sua pregação provocou o Avivamento da Rua Azusa, no ano de 1906. O destaque que a imprensa deu às manifestações sobrenaturais que ocorriam naquele velho galpão, como o falar em línguas estranhas (GLOSSOLALIA), ou falar outras línguas da terra sem tê-las aprendido (XENOGLOSSIA), bem como os sinais, curas e maravilhas, fez aquele Movimento se propagar por todo o país, incentivando o surgimento de novos grupos em todas as denominações.

DENOMINAÇÕES EVANGÉLICAS PENTECOSTAIS: Com a repressão destes grupos nas Igrejas Tradicionais, foram surgindo nos EUA as denominações Evangélicas Pentecostais como a Igreja de Cristo (em 1906), As Assembléias de Deus (1914) e Igreja do Evangelho Quadrangular (1927), consideradas as mais antigas do Movimento Pentecostal.

INTERNACIONALIZAÇÃO DO MOVIMENTO PENTECOSTAL: Também os visitantes internacionais e missionários que iam à Rua Azusa acabariam por levar estes ensinamentos para outros países, de modo que, HOJE, praticamente todas as denominações pentecostais têm suas raízes históricas no avivamento da rua Azusa. Não obstante o trabalho de vários líderes wesleyanos que promoviam este avivamento, como o próprio Charles Parham e D. L. Moody, o símbolo do Movimento Pentecostal nos Estados Unidos e no mundo é o avivamento da rua Azusa, dirigido por William Seymour, nascido em 1870 e falecido em 1922. NA PRÓXIMA AULA VEREMOS O PENTECOSTALISMO NO BRASIL.

56ª Aula - DENOMINACIONALISMO NO BRASIL (ECLESIOLOGIA, Parte 7)


Perguntas sobre a 55ª AULA: (Responder ANTES de passarmos para a 56ª. aula).



1- Em que dia e ano podemos dizer que se iniciou o Movimento Pentecostal e como se chamavam: o Colégio e o seu Diretor?

2- QUAL era o sinal aceito por aquele grupo como prova do Batismo com Espírito Santo e com Fogo?

3- Qual era o nome do pregador negro e qual o nome da Rua onde ele começou as suas primeiras reuniões pentecostais?

4- A imprensa ficou impressionada com a GLOSSOLALIA e XENOGLOSSIA que ocorriam ali. Explique o que são.

5- Dê os nomes e anos em que surgiram nos EUA as três denominações consideradas as mais antigas do movimento pentecostal?

6- Como que o Movimento Pentecostal, surgido na América do Norte, se internacionalizou?



56ª Aula  - DENOMINACIONALISMO NO BRASIL (ECLESIOLOGIA, Parte 7)



A PRIMEIRA ONDA: O Brasil já tinha as denominações Protestantes tradicionais, como a Metodista, Presbiteriana e Batista. Mas os ventos do Movimento Pentecostal começaram a soprar da América para o nosso País. Três homens foram os responsáveis por trazerem ao Brasil as primeiras denominações pentecostais:



Luigi Francescon: mais conhecido como Luís Francescon. Italiano, aos 15 anos mudou-se para a Hungria. Aos 24 mudou-se para Chicago, EUA. Ali, foi evangelizado por Michele Nardi e entregou a vida para Jesus. Em 1892, com mais dois irmãos de fé, fundou a Primeira Igreja Presbiteriana Italiana, onde servia como diácono. Naquela Igreja, casou-se com Rosina Balzano. Mais tarde, já como ancião, Francescon questionava o batismo por aspersão e disso falou com a Igreja, especialmente sobre a passagem de Cl 2:12. No ano de 1903, encerrando um conflito pessoal, o ancião Francescon comunicou os 25 membros da Igreja Presbiteriana Italiana que iria se batizar por imersão no dia seguinte e convidou a todos para presenciarem seu batismo no lago de Chicago. Além de Francescon, mais 17 pessoas daquela foram batizadas por Giuseppe Beretta. Diante dessa nova experiência, Francescon desligou-se da Igreja Presbiteriana e foi seguido pelos 17 que com ele haviam se batizado por imersão, dando origem à Assembléia Cristã de Chicago. Em julho de 1907, sua esposa recebeu o Batismo com Espírito Santo e com fogo e, dias depois, o próprio Luigi Francescon, participando de um culto na Missão de Fé Apostólica, dirigida pelo pastor batista William Durham, passou por esta experiência. Em janeiro de 1908, batizou nas águas cerca de 70 pessoas, e muitos foram milagrosamente libertos de doenças incuráveis, entre os quais um homem chamado Giácomo Lombardi. Um ano depois, Francescon e Lombardi, ambos casados e com seis filhos, abandonaram seus empregos e entregaram-se à pregação da Palavra. Em 4 de setembro, embarcaram para Buenos Aires e, em janeiro de 1910, fundaram a primeira denominação pentecostal da América Latina: a Assembléia Cristã na Argentina.

Da Argentina, em 8 de março de 1910, seguiram para São Paulo, onde permaneceram cerca de 40 dias. Lombardi retornou para Buenos Aires e Francescon seguiu para Santo Antônio da Platina, Paraná. Durante sua estadia, 11 pessoas creram na sua pregação, foram batizadas nas águas e no Espírito Santo. Por contrariar interesses religiosos na região, Francescon foi jurado de morte e regressou para São Paulo, em 20 de junho de 1910. No Brás, reuniu cerca de 20 pessoas, provenientes da Igreja Presbiteriana, Batista e Metodista, além de alguns católicos. Nasceu, assim, em 1910, a Congregação Cristã no Brasil.

Daniel Hogberg: mais conhecido como Daniel Berg. Nasceu em Vargon, Suécia em 19 de abril de 1884. Era filho dos batistas Gustav Verner Högberg e Fredrika Högberg. Converteu-se e foi batizado nas águas em 1899. Aos 18 anos foi para os EUA, chegando em Boston em 25 de Março. Em visita à Suécia tomou conhecimento sobre o movimento pentecostal por um amigo e, ao retornar aos Estados Unidos em 1909, recebeu o Batismo com Espírito Santo. Nessse ano, em uma conferência em Chicago, conheceu o pastor Gunnar Vingren.

Gunnar Vingren:  Também era nascido na Suécia e mudou-se para os EUA. Lá frequentou o  Seminário Teológico Sueco de Chicago, onde se formou em estudos pastorais. Ministrou algumas Igrejas Batistas escandinavas, mas tinha chamado missionário. Ele e Daniel Berg decidiram evangelizar o Brasil e chegaram em Belém do Pará no dia 19-11-1910. Inicialmente, começaram a pregar  o pentecostalismo na Igreja Batista de Belém. Em 1911, ambos deram origem à Assembleia de Deus no Brasil.  Com o apoio do movimento pentecostal escandinavo e das Assemblies of God americanas, a Assembléia de Deus no Brasil cresceu do norte-nordeste para o sul e hoje é a maior igreja evangélica pentecostal do País.

Estas duas Denominações são as mais antigas e fazem parte da  PRIMEIRA ONDA” do Movimento Pentecostal no Brasil. Na próxima aula, estudaremos a SEGUNDA e a TERCEIRA ONDA, os RENOVADOS E CARISMÁTICOS.